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segunda-feira, 15 de março de 2010

Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite

Balada não é mesmo lugar de arrumar namorado, apesar de eu já ter ouvido histórias assim com final feliz. Balada é lugar de dançar, de dar risada, de esquecer os problemas e, às vezes, de matar a vontade de beijar na boca. O Adriano aí embaixo diz que quem sai para dançar vai à caça. Se fosse sempre assim não ia ter tanta mulher em festa gay só pra não ser azucrinada na pista de dança.
E eu acho legal sair pra beijar na boca, e só isso. Por que é que a gente tem sempre que querer achar o príncipe encantado em cada carinha que joga aquele olhar 43? É bom sim ter alguém pra dividir, mas a gente precisa procurar isso em todo beijo? E odeio ficar na expectativa, pensando se ele gosta de mim ou se vai deixar de gostar amanhã. Claro que sonho, mas separo meus devaneios do que eu acho que é racional (será que isso é saudável?) e tento não ficar esperando, só deixar acontecer.
Bom, tudo isso pra dizer que eu fui pra balada no sábado à noite. Como todo mundo, eu também espero alguma coisa de um sábado à noite. Mas eu fui e não gostei. Por isso é que dizem que a gente deve ser ater aos planos originais.
Meu plano era passar a noite no cinema. Ia pegar a sessão das 23h, comprar uma pipoca e morrer de susto vendo "Ilha do Medo". Depois, até podia encarar a balada para acabar com a tensão.
Mas então, à tarde, o MSN começou a piscar incansavelmente. Como é que eu ia preferir passar a noite no cinema em vez de sair pra dançar? Nas palavras da minha amiga, cinema no sábado à noite é coisa de casal, e eu não tenho namorado. Já a balada era a chance de mudar a situação. Sei...
Eu me mantive irredutível até as 21h, mas acabei mudando de ideia.
Saí então com a roupa que tinha passado toda a tarde no trabalho: um vestido que podia servir pra um churrasco na piscina ou pra uma festa de criança! Pra completar, uma rasteirinha e rabo de cavalo.
Completamente sem noção, mas pus na cabeça que o que valia era a confiança. Até que funcionou, eu nem me senti fora de contexto. A balada era boa e tinha gente bonita, mas já começou mal pela fila pra entrar. Nem me lembrava da última vez que tinha ficado em fila de boate. Depois, lá dentro, o lugar lotado, um calor dos infernos, um dos meninos passando mal. Ninguém merece.
Um outro dia, com outro ânimo, teria sido ótimo. Mas sábado, ali não era onde eu queria estar. Fui convencida pelo potencial, mas serviu pra aprender que fazer o que a gente tem vontade é o que realmente pode tornar a noite incrível.

2 comentários:

  1. Também preferiria passar a noite com o Leonardo diCaprio.

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  2. Pois é. Eu também. Pelo menos virtualmente. Mas hoje eu já matei a vontade!

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