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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Paquera virtual

Confesso que entrei em TODOS os apps de paquera e relacionamentos. Pelo menos todos os de que ouvi falar. Tinder, Happn, OK Cupid!, Par Perfeito, Kickoff e por aí vai. Em muitos deles fiquei por apenas 24 horas: o tempo para perceber que não ia me levar a nada. Mas em alguns persisti.
Nessa minha jornada, aprendi uma coisa muito importante sobre mim: não tenho paciência.
Tive muitos matches, algumas conversar e apenas um encontro.
Ficar de papinho com caras que nunca vi na vida e de quem não sei absolutamente nada é muito difícil para mim. Acho difícil encontrar assunto e não tenho aquela vontade de ler as mensagens imediatamente, de responder e continuar a conversa non-stop. Deve ser mais fácil para quem busca sexo apenas, já que mandar nudes e ficar de sexting requer menos esforço. Mas, como essa não é a minha, eu me canso.
Um dos caras disse que sou "arrogante e mala". Isso porque ele era daqueles que ficava cobrando respostas direto e querendo atenção constante, apesar de nunca termos no visto e de estarmos trocando mensagens há poucos dias. Uma hora eu disse simplesmente que não gostava disso e que achava que não tínhamos muito a ver. E essa foi a resposta que recebi. Analisando assim friamente, pode até ser verdade, pelo menos para ele. Mas para mim não seria saudável continuar a lenga-lenga.
O único cara que encontrei, conheci pelo Kickoff. Era, portanto, amigo de um amigo, e isso facilitou nosso papo e me fez realmente ficar interessada. O encontro, porém, foi péssimo, e todo o contato acabou ali. Muito por minha culpa, verdade, já que sou péssima de encontros e acho que naquela noite contei a ele todas as coisas mais ridículas sobre mim. Mas não me arrependo não. Pelo menos tentei.
Insisti por mais uns meses, mas então fui saindo dos apps, um a um. Percebi que não são para mim. Cheguei até a marcar outros encontros, mas desisti. Percebi que eu e os caras estávamos sempre em páginas diferentes da narrativa.
Hoje, várias amigas que se divertiram bastante com Tinder e afins também estão se cansando dessa brincadeira. Preferindo sair pro mundo. E você? Qual sua história?

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Por que tem que ser assim?

Se eu soubesse que seria assim, não teria embarcado. Teria fugido antes mesmo de começar. Não teria dado chance à sorte, ou ao azar, ou à vida, que é o que realmente faz as coisas acontecerem. Mas o problema é que foi tão devagarinho, tão sem perceber, que quando vi já estava assim, perdendo o sono, perdendo a fome, perdendo a concentração e a vontade de fazer qualquer coisa que não seja com você.
Só que você não nota. Ou finge que não percebe. Você nem olha para mim, não de verdade. Você quer minha companhia, quer minha presença, on-line ou ao seu lado, fazendo aqueles programas que só a gente gosta. Mas ao mesmo tempo me evita, parece ter medo do meu toque. Talvez perceba meu coração pulsando e tema que eu tome uma providência, arruinando esse nosso mundo particular, esse universo que construímos onde somos só nós, e onde podemos ser completamente nós, sem julgamentos e sem cobranças. Talvez tenha medo de me deixar aproximar e de isso causar a ruptura, o fim da intimidade que criamos. Ou talvez não tenha a menor noção de nada mesmo, e que seja só a perfeita demosntração da falta de interesse.
Se eu soubesse que seria assim, não teria deixado. Teria corrido para o lado oposto, cancelado os passeios a dois, interrompido as conversas sem sentido no meio do dia. O problema é que nem vi acontecer. Quando começou, achei que a eletricidade ao toque era uma atração passageira, tesão, urgência. Que os pêlos arrepiados e o frio na barriga a cada encostadinha eram uma necessidade carnal, que com o tempo passariam. Achei melhor evitar os toques, desviar os olhares, limitar os esbarrões. Achei melhor colocar uns centímetros de distância física na proximidade emocional.
Só que não passou. Os arrepios se recusaram a partir. A eletricidade persistiu. De repente já não era só amizade. De repente eu já não sabia o que era. Não sentia necessidade, não sentia falta, não sentia saudade. Mas sentia a tranquilidade da presença, a alegria de receber qualquer mensagem besta, a vontade de estar perto. Você está apaixonada, as amigas diziam. Mas eu negava. Não era paixão. Era outra coisa. Era conforto, era uma sensação gostosa de estar em paz por ter você na minha vida.
Se eu soubesse que seria assim, juro que nesse momento teria puxado as rédeas. Teria dado um tempo em tudo, especialmente em você. Mas eu não sabia. Pensava que isso era tudo, que nossa amizade era uma daquelas especiais e que estava segura ao seu lado. Eu não estava. Você não é minha âncora, porque não percebe que estou afundando. E hoje já não gosto mais de quem eu sou, não gosto de quem me tornei por gostar de você.
Só que a culpa disso tudo é minha. Você não fez nada. Aliás, se fez alguma coisa foi tentar me afastar, procurando outros caras para mim. Eu devia ter te contado ali, na lata, e te deixado. Ao menos por um tempo, até isso tudo passar, até minha alma voltar a pertencer só a mim. Mas eu não fiz isso e a paz se foi, a tranquilidade sumiu, e eu virei uma louca psicopata, uma insana que pensa em você da hora que acorda à hora que vai dormir, que stalkeia seus amigos, procura fotos da ex-namorada, lê todos os comentários de fotos antigas e morre de angústia quando você fica muitas horas sem dar sinal de vida. Virei a mulher insegura e ridícula que sempre critiquei, que fica vendo seus últimos movimentos on-line e imaginando com quem deve estar falando, quem é essa pessoa tão interessante que te faz não ter vontade de repartir seu dia comigo. Deixei meu ciúme me dominar. E eu não gosto. Não gosto dessa pessoa que me tornei. Tenho raiva de mim por me sentir assim. E não quero mais.
Nesse não querer mais, resolvo sair com todos os caras que me enxergam e me querem, numa tentativa alucinada de te tirar da cabeça. Nem que seja por um momento. Nem que seja só um pouquinho. Nem que seja só para ter outros assuntos sobre o que falar às minhas amigas e parar de atormentá-las com minhas neuroses sobre você.

Quando a paixão chegou, achei divertido. Há anos meu coração estava no limbo, inerte, batendo pela força do hábito. Sempre foram os homens que me escolheram, e não o contrário. Eu não era louca pelos meus ex. Eles foram bons para mim, cada um a sua maneira. Eles eram perfeitos para os momentos que vivemos juntos. Mas eu não era apaixonada. Eu não os amava. Eles não me tiravam do chão nem do sério. Você mudou isso, e eu gostei. Achei divertido voltar a sentir, mesmo que platônica e desesperançadamente. Mas a intensidade de tudo agora me assusta. Quando percebi, já tinha passado do limite. Eu não gosto da pessoa que sou hoje e, se eu soubesse que seria assim, teria me salvado você.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Accidentally in love

Faz tempo já que andamos sem movimento, mas também não havia muito acontecendo em nosso mundinho. Mas agora, sem mais sem menos, alguns Maomés resolveram vir até mim. Na verdade são casos antigos. Não, não são. Se fossem casos haveria romance e tórridas histórias para contar. São portanto não casos antigos. São carinhas de quem eu sempre fugi, mas que periodicamente retornam à minha vida (invariaelmente quando terminam um namoro e retornam à temporada de caça).
Tenho que esclarecer primeiro que nossos encontros são difíceis porque ambos moram em cidades diferentes da minha e não podem ficar se dando ao luxo de vir me visitar.
O primeiro foi um carinha mais novo. Lindo de morrer. Juro. Se ele estivesse na novela das oito seria o Gianechinni. Ou o Cauã, um tanto mais moleque. É um daqueles de tirar o fôlego. E é justamente isso o que me faz fugir. Preferia "deixar pra minha amiga", como as meninas que vão arrumar o cabelo no programa do Rodrigo Faro. Mas também não é só isso. Eu disse a mim mesma que desistiria dos moleques lindos e sem nada na cabeça. Sabe a história quero ser modelo ou jogador de futebol? não dá certo. Eu quero família de comercial de margarina. Como essas duas coisas juntas podem dar certo?
O segundo me viu na internet. Isso mesmo. Viu a foto, achou interessante e resolveu que precisa me encontrar. Como temos amigos em comum, de início foi tudo bem. Um cara legal, bonito, inteligente. Que mal faria? Mas comecei a suspeitar se era uma boa ideia quando certa madrugada, após alguns desencontros, ele disse que queria passar na minha casa pra me falar oi. Quem é que passa na casa de outra pessoa às quatro da manhã só pra falar oi?
Na semana passada, ambos deram o ar da graça. Após meses, ou seriam anos, sem ao menos responder a um singelo oi, os dois resolveram que podem vir me ver a qualquer hora. Basta eu querer. E eu??? Eu, que to interessada em outros dois ou três sujeitos, esses sim que moram por perto, mas que não parecem me dar a minima, preciso escolher entre o que eu quero e o que é possível. Será que é hora de deixar a frescura de lado e realmente tomar coragem de sair distribuindo currículo? Aimeudeus!

sábado, 8 de maio de 2010

Era muita fila

Eu tive chance de me dar bem na semana passada. Mais de uma, pra ser honesta. Mas não rolou nada. Nem um tchauzinho de longe. Nem um beijinho na trave. Nada. Frustrante, diria. E eu não entendo o que aconteceu. Primeiro pensei que fiz as escolhas erradas, talvez se tivesse ido a outros lugares teria rolado na sexta ou no sábado. Mas depois desisti. Acho que o problema foram as escolhas que fiz antes de nascer, mesmo. Sabe aquelas filas de distribuição de bênçãos e dons, lá no céu? Então. Certeza que a falha foi lá. Eu passei por várias delas, e, como a da paquera, a do flerte, a da insinuação, a do charme, a da malícia, estavam todas muito cheias, fui deixando para depois. E depois, e depois... Não deu tempo. Chegou a hora de nascer e perdi a chance, fiquei chupando o dedo. Simples assim!

domingo, 25 de abril de 2010

Divagações e pipoca

Eu adoro cinema e, confesso, gosto de filmes românticos! mesmo aqueles bobinhos, de Sessão da Tarde, bem água com açúcar... eu gosto... no outro dia fiquei assistindo até altas horas da madrugada um chamado "ABC do amor", que é a história de um menino de uns 10 anos que se apaixona pela menina de 10 anos e vai do céu ao inferno quando consegue ficar alguns minutos de mãos dadas com ela no restaurante... ao inferno, porque, de repente, ela solta a mão dele para limpar a dela, cheia de suor dele. Mas depois ela volta a mão e eles só não vivem felizes para sempre porque eles têm 10 anos e têm muito o que viver ainda.
Clássico dos clássicos é "Tarde demais para esquecer"... quem nunca viu a história do casal que se conhece num cruzeiro pela Europa e marca o reencontro no topo do Empire State Building alguns meses depois? O que o Cary Grant não contava era que a Debora Kerr fosse atropelada na esquina do prédio momentos antes do esperado reencontro. Mas, ainda assim, eles ficam juntos no final.
Esse filme é tão clássico que é citado em vários outros longas de romance. O exemplo mais conhecido é "Sintonia de amor", mas nesse, pelo menos, a Meg Ryan consegue chegar até o topo do Empire State, mesmo que atrasada, para conhecer o Tom Hanks.
E é nesse ponto que eu quero chegar! Eu acredito que todo mundo quer ter um romance digno de história de cinema para contar para os netos um dia... Mas sei que nem sempre é possível fazer um cruzeiro pela Europa para conhecer o amor da sua vida, bem como ir para o topo do Empire State Building e encontrar alguém... Se bobear, até para o Terraço Itália, em São Paulo, é difícil ir...
O que é possível é a pessoa estar aberta à própria história de amor! Você é a personagem principal da sua vida - por sinal, essa é uma das frases de "O amor não tira férias", já citado nesse blog um milhão de vezes...
Não é todo mundo que encontra um Cary Grant ou uma Debora Kerr todos os dias, com todo aquele charme e beleza.... Mas é bom que se diga que os dois pensavam em outras pessoas quando embarcaram naquele navio e, apesar disso, os dois se deram a chance de conhecer um ao outro.
A Meg Ryan estava quase noiva de um cara que combinava com ela, mas foi atrás da história do Tom Hanks, que ainda lamentava a morte da mulher. E lá no topo do Empire State, como mágica, ele enxergou outra pessoa...
Até o menino de 10 anos, que estava de boa na escola e na aula de caratê, abriu os olhos quando a menina de 10 anos apareceu e eles trocaram um sorriso...
Para conseguir um amor de cinema é preciso, primeiro, dar uma chance! O resto é pipoca...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Capital da esperança

Amanhã é dia de  Brasília, o que me faz lembrar o hino, que eu cantava na escola. "Assim nasceu Brasília, capital da esperança!". O que isso tem a ver com o blog? Bom, esse espaço também é um centro da esperança, esperança de que as coisas vão mudar. Então, parabéns, Brasília!!

Minha mãe diz que não existe amizade entre homens e mulheres. Ela, que sempre tem milhares de pretendentes, fala que nunca teve um amigo na vida. Um amigo gay sempre repete essa ideia. Diz que os homens só são amigos das mulheres em que eles têm interesse (mas ele fala isso de um jeito menos elegante).  Mas eu tenho amigos, bons amigos, e que pra mim são só isso mesmo. Será isso verdade? Ou será que isso só é verdade pras mulheres como ela, que fazem do flerte parte da vida e que nunca ficam sozinhas?

Outra coisa que estive a pensar nesses dias sem escrever é por que raios eu só me interesso pelos caras errados. Os mesmos tipos de caras errados. O último foi o cara que não quer saber de relacionamento e dá uma chance pra qualquer mulher que mostre algum interesse. E, de repente, um link me levou a uma explicação: os psicopatas leves. É, meninas, realmente existem os caras que não sabem amar e os que têm fobia de relacionamentos. Pelo menos já sei que não é só desculpa!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O que os homens querem?

Quem responder a essa pergunta com alguma lógica ganha direito a um desejo para o gênio da lâmpada.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Se...

... eu fosse mais fácil (menos chata, menos exigente, quero dizer) talvez esse blog nem existisse. Mas se eu fosse mais fácil minha vida seria diferente, e eu não seria mais eu. Quem seria eu então?
Domingo é um bom dia para pensar. Um domingo em casa lendo porcaria, melhor ainda. Ontem foi um bom dia para pensar. E o que eu pensei foi isso, que eu sou chata, e que já é hora de ser mais fácil.
Eu fico esperando me apaixonar, ou ao menos me encantar por alguém, pra então dar uma chance. E acaba que nessa história acabo sempre com os babacas. Não seria hora então de dar uma chance pros caras legais, pra ver então se me encanto por um deles? A vida, então, não vai ser mais fácil?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Música da semana

Acima Do Sol

Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!

Assim ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...

Tão fácil perceber
Que a sorte escolheu você
E você cego, nem nota
Quando tudo ainda é nada
Quando o dia é madrugada
Você gastou sua cota...

Eu não posso te ajudar
Esse caminho não há outro
Que por você faça
Eu queria insistir
Mas o caminho só existe
Quando você passa...

Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!

Quando muito ainda é pouco
Você quer infantil e louco
Um sol acima do sol
Mas quando sempre
É sempre nunca
Quando ao lado ainda
É muito mais longe
Que qualquer lugar...

Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém prá vida inteira
Como você não quis...

Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!

Se a sorte lhe sorriu
Porque não sorrir de volta
Você nunca olha a sua volta
Não quero estar sendo mau
Moralista ou banal
Aqui está o que me afligia...

Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Confiança

Você já ouviu isso, você já leu isso. Sei que não é nenhuma novidade! Mas eu ouvi de novo no fim de semana e nunca é demais ouvir! A pessoa sem confiança não consegue o que quer. A pessoa com confiança consegue!
A lógica é simples. Um time com confiança consegue vencer o adversário com mais facilidade que um time sem confiança. Se você não confia em você mesmo, quem vai confiar? a mocinha que você tá querendo é que não vai.
Pois a mocinha que eu tava tentando (conforme meus últimos posts) não quis nada além de amizade comigo. Eu a chamei para sair novamente, mas ela disse "não" para as minhas intenções. E, para falar a verdade, não me senti mal com isso... Melhor ainda, consegui ver onde errei. E acho que a falta de confiança foi crucial.
Não quero me vangloriar, mas sei que já conquistei algumas meninas. Não levo jeito para ser um Jude Law, mas posso conseguir com meu jeito Jack Black de ser. Dessa vez, não fui nem Jack Black, pois sempre me aproximei na hora errada e, pior, do jeito errado. Analisando, nem eu daria uma chance a mim mesmo com minha atuação.
É preciso ter confiança. Confiança para chegar pensando que vai levar. Confiança para mostrar que você é diferente dos demais e que só você dará algo diferente para ela. Confiança para entrar num ambiente de cabeça erguida para se fazer notar, e não notar os outros.
Pois me faltou essa confiança. Até as mais simples para mim, como fazer a mocinha sorrir. Se me faltou confiança até para contar uma piada, como poderia conseguir algo?
Tudo serve de aprendizado para a gente. Se não deu certo dessa vez, paciência. Cabeça erguida, vamos para a próxima, com um pouco mais de confiança em não cometer os mesmos erros. Pelo menos eu tentei.
 
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