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sábado, 27 de março de 2010

Dança do acasalamento

Dizem que a primavera é a mais bonita das estações do ano e, muitas vezes, concordo com isso. Sei que acabamos de entrar no outono, mas aqui no Brasil as estações estão por toda parte, em qualquer mês do ano...
Mas o que eu acho mais interessante não são as flores, mas sim os animais! Depois do inverno, os bichos “se soltam”... basta dar uma olhada no zoológico para ver como estou certo. O raposo convida a raposa para ir ao escurinho da toca para ver um filme, o pinguim convida a pinguim para tomar um chope gelado, até o hipopótamo chama a hipopótoma para um mergulho no tanque e aproveitar o sol da primavera!
O barato é que você nem precisa ir a um zoo para presenciar essas coisas. Na rua, preste atenção nos pombos. No outro dia mesmo eu vi o pombo em cima de uma pomba. Em tempos de Big Brother, fiquei naquele clima da “espiadinha”, já que não tinha nenhum edredon sobre as aves.
Primeiro, o pombo observa a pomba, com aquele olhar 43, estufa o peito e diz “quero você para mim”... depois, enaltece seus atributos, bicando suas próprias asas e mostrando que a musculação tem dado resultado. A pomba, a essa altura já enfeitiçada pelo pombo, já pensa “vou desencalhar”. Aí começa a ação. O pombo se aproxima, fala umas coisas no ouvido da pomba, depois fala outras coisas no outro ouvido, circula, confere o material, abre as asas, fecha as asas, abre de novo, vai para um lado, vai pro outro, dá mais uma volta e, quando você menos espera, lá está ele em cima dela. É a tal dança do acasalamento que todo mundo fala. Passinho pra lá, passinho pra cá, bicadinha na asa, peito estufado, mais um passinho e pimba!
Raposas, pinguins e hipopótamos também têm suas próprias danças do acasalamento, talvez não com toda a graça e charme (?) dos pombos, mas todos chegam lá... “Mas por que você está dizendo tudo isso?”, um dos três leitores desse blog (como diria José Roberto Torero) pode me perguntar.
Bom, a essa altura, os três já perceberam que eu estou de olho em uma menina. Já deixei claro para ela, de uma maneira muito peculiar — talvez inspirado no pombo da praça, mas, definitivamente, com a sutileza de um hipopótamo —, que eu quero beijá-la. “Eu quero te beijar”, foram as palavras que usei, no meu melhor (ou pior) estilo psicopata que insiste em andar comigo lado a lado (vide post ‘Emoção x Razão’). Eu ainda não tive o sucesso pretendido. Talvez eu esteja precisando aprender uma dança do acasalamento...

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