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terça-feira, 9 de março de 2010

Por que eu sou um monte

Para começar, melhor explicar por que estou aqui. Bom, por um bom tempo achei que isso só acontecia comigo, que eu era a única com QI emocional -50, a única a não conseguir levar um relacionamento, a agir totalmente errado num encontro. Quando sua mãe, sua tia ou seu cachorro tem mais relacionamentos do que você, então você é um monte.

Mas então eu descobri que tem muita gente como eu. Entre sessões de terapia coletiva, tentando entender por que todo mundo tem encontros incríveis menos a gente, veio a ideia de dividir as frustrações, ou melhor, de pôr pra fora e ver se assim a gente se livra do encosto.

Assim, estamos aqui.

O meu problema? Tudo bem, lá vai. Eu sou um monte. É isso. Eu não olho pros lados. Sabe a música do Jota Quest, aquela que diz "o teu amor pode estar do seu lado"? Então. Ela não serve pra mim.

Eu nunca olho para os lados. Eu nunca acho que um cara está olhando para mim. Eu nunca percebo segundas, terceiras e quartas intenções. Eu não sei paquerar. Eu não olho nos olhos. Eu cruzo os braços. Eu me afasto. Eu fico nervosa e só falo bobagem (bobagem sobre mim, que me fazem parecer uma idiota), ou, pior, não falo nada. Não consigo pensar em nada, as palavras desaparecem. Terrível.

Esse é o primeiro passo para mudar. Como no AA, nós assumimos o problema. Agora é com a força de vontade, certo? Um dia de cada vez? E vamos pra vida!

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