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terça-feira, 30 de março de 2010

Beija eu

Esse post ia ser sobre sentimentos, sobre meus sentimentos, mas aí lembrei que pra isso tenho meu caderno de rascunhos e que o espaço aqui é pra falar de acontecimentos. Pois bem: nada tem acontecido. Semana passada foi um fiasco, e não foi por falta de vontade minha. 
Saímos, como sempre, e dançamos e nos divertimos. Demos muitas risadas. No fim de semana tivemos uma tarde Clube da Luluzinha, de compras e fofocas. Terminamos a noite num barzinho da Vila. E foi isso. A gente adora nossa própria companhia. Ainda bem!
Nesse tempo falamos de nós, claro, e descobri o que há de mais errado comigo. Eu não dou bola. Não que eu já não soubesse disso, mas aparentemente é pior do que eu pensava. Segundo as amigas da mesa, os homens me dão bola, mas, além de eu não perceber, ainda faço cara de tédio. Assim não há vida amorosa que engrene mesmo... ou eu mudo essa minha cara de brava ou vou morrer com um gato no colo.
Uma amiga diz, ainda, que nós devíamos tomar a iniciativa. Eu gosto de homem que sabe o que quer e que te beija quando tem vontade. Mas, como eu sou um monte atingido por uma nevasca, ela diz que eu devia deixar as coisas mais claras. Até agora, eu partia do princípio de simplesmente me afastar daqueles caras sem nenhuma chance, pra eles não acharem que podiam me beijar. Mas isso não resolve. Então, pergunto: como dizer pra alguém que você tá sim a fim de ser beijada sem parecer superatirada. Ou, pior, sem parecer ser alguém que você não é? Devo eu simplesmente dizer "oi. quando eu te vi só consegui pensar em te beijar" ou "juro que pensei que você fosse me beijar"? sei lá. Isso não sou eu. Será que vale a pena tentar?

sábado, 27 de março de 2010

Dança do acasalamento

Dizem que a primavera é a mais bonita das estações do ano e, muitas vezes, concordo com isso. Sei que acabamos de entrar no outono, mas aqui no Brasil as estações estão por toda parte, em qualquer mês do ano...
Mas o que eu acho mais interessante não são as flores, mas sim os animais! Depois do inverno, os bichos “se soltam”... basta dar uma olhada no zoológico para ver como estou certo. O raposo convida a raposa para ir ao escurinho da toca para ver um filme, o pinguim convida a pinguim para tomar um chope gelado, até o hipopótamo chama a hipopótoma para um mergulho no tanque e aproveitar o sol da primavera!
O barato é que você nem precisa ir a um zoo para presenciar essas coisas. Na rua, preste atenção nos pombos. No outro dia mesmo eu vi o pombo em cima de uma pomba. Em tempos de Big Brother, fiquei naquele clima da “espiadinha”, já que não tinha nenhum edredon sobre as aves.
Primeiro, o pombo observa a pomba, com aquele olhar 43, estufa o peito e diz “quero você para mim”... depois, enaltece seus atributos, bicando suas próprias asas e mostrando que a musculação tem dado resultado. A pomba, a essa altura já enfeitiçada pelo pombo, já pensa “vou desencalhar”. Aí começa a ação. O pombo se aproxima, fala umas coisas no ouvido da pomba, depois fala outras coisas no outro ouvido, circula, confere o material, abre as asas, fecha as asas, abre de novo, vai para um lado, vai pro outro, dá mais uma volta e, quando você menos espera, lá está ele em cima dela. É a tal dança do acasalamento que todo mundo fala. Passinho pra lá, passinho pra cá, bicadinha na asa, peito estufado, mais um passinho e pimba!
Raposas, pinguins e hipopótamos também têm suas próprias danças do acasalamento, talvez não com toda a graça e charme (?) dos pombos, mas todos chegam lá... “Mas por que você está dizendo tudo isso?”, um dos três leitores desse blog (como diria José Roberto Torero) pode me perguntar.
Bom, a essa altura, os três já perceberam que eu estou de olho em uma menina. Já deixei claro para ela, de uma maneira muito peculiar — talvez inspirado no pombo da praça, mas, definitivamente, com a sutileza de um hipopótamo —, que eu quero beijá-la. “Eu quero te beijar”, foram as palavras que usei, no meu melhor (ou pior) estilo psicopata que insiste em andar comigo lado a lado (vide post ‘Emoção x Razão’). Eu ainda não tive o sucesso pretendido. Talvez eu esteja precisando aprender uma dança do acasalamento...

sexta-feira, 26 de março de 2010

Cleópatra

Sempre que estou à toa, começo a divagar sobre a vida, o universo e tudo o mais. Não estou falando de um dos livros da série do "Mochileiro das Galáxias", do Douglas Adams, mas só que é um tema pertinente à minha cabeça... Ontem, enquanto esperava os técnicos da TV a cabo que instalariam a dita cuja em casa, pus-me a pensar!
E o que veio à minha cabeça foi Cleópatra... sim, exatamente com aquela imagem que todos devem pensar, com ela deitada sobre um travesseiro gigante, inacessível para os súditos, o que dirá para os tímidos! eu me coloquei no lugar dos tímidos da época... afinal, o que eles poderiam fazer para conseguir o telefone dela? O msn? qual era o perfil verdadeiro do Orkut? tinha uma monte de fakes na rede...
O Marco Antônio, que pegou a Cleópatra, era um cafajeste. Na juventude, sem orientação paterna, "passava os dias nas nas tavernas, visitando bordéis, vadiando nas saunas e nos antros de jogatina, envolvendo-se em escândalos amorosos e, sobretudo, bebendo", segundo o Wikipedia... um beberrão...
Soberano da situação, ele mandou um torpedo pra Cleópatra, que dominava os blogs do Egito na época, e deu aquela intimada! teve três filhos com ela...
mas e os tímidos?, pergunto eu... qual seria a forma de um pobre rapaz latino americano e tímido conquistar a Cléo?
As mulheres sabem que são bonitas e gostosas e que sempre tem algum carinha olhando pra ela... ou você acha que a Cléo não percebia os olhares do eunuco, enquanto ele abanava as costas dela naquele calorão do Egito... não há ar-condicionado que aguente!
a história poderia ter sido diferente se o eunuco tivesse a ajuda da criada da cleópatra... ela poderia perguntar, assim, como quem não quer nada, o que a cleópatra achava do eunuco, falar que ele tb tinha um msn, poderia até lembrar a música dos paralamas e dizer que o eunuco, apesar do óculos, era um cara legal... isso poderia ajudar no quesito confiança!
sei por experiência própria que isso funciona... vc conhece as amigas de sua paquera, as amigas dão aquela sondada e te ajudam a ganhar confiança para a aproximação...
a história de cleópatra poderia ter sido diferente com o eunuco! e colocaria o marco antônio no lugar que merece... dentro de uma taverna, enchendo a cara, por ser tão cafajeste!

segunda-feira, 22 de março de 2010

O Plano

Livros de auto-ajuda são uma bobagem, mas tenho que confessar que eu me divirto lendo os mais recentes. Depois da série "Ele não está tão a fim de você", encontrei um que se chama "4Man Plan". O conceito é o mesmo, mas como o segundo foi escrito apenas por uma mulher, ele acaba sendo um pouquinho menos machista. Mas as "lições" que eles dão, no fundo, são as mesmas:
1. Não faça sexo muito rápido, a menos que não queira um relacionamento sério
2. Confie em si mesma
3. Saia com vários homens ao mesmo tempo (até encontrar aquele com quem você quer ficar e ELE propor uma relação a dois)
4. Aqui vem a divergência. Os autores de "Ele não está tão a fim" dizem que o homem sempre tem que tomar a iniciativa e que, se ele não tomar, simplesmente não está interessado. Então, conforme-se. Já a autora do "Plano" sugere que as mulheres se arrisquem, puxem papo com estranhos e dêem a eles uma forma de contato. Além disso, devem sempre tentar um segundo encontro.
Eu, pessoalmente, acho que eles estão só ganhando dinheiro às custas de solteiras que não sabem mais o que fazer. E realmente não dizem nada que todo mundo não saiba. Afinal, minhas amigas mais bem-sucedidas no amor sempre saíram com vários caras. Ou seja, elas sempre deram chances. Mas eu me distraio com essas leituras bobocas, e elas no fundo tem um poder de convencimento maior do que a simples observação dos outros. Resolvi adotar "O Plano" Mas  ainda não me habituei. Saí no sábado e um cara interessante se aproximou. De acordo com "O Plano", eu deveria dar bola, afinal, como poderia saber se podíamos dar certo? Mas coisinhas me irritaram e dei um jeito de me esquivar. Até minha mãe disse que eu devia ter beijado e pronto. Mas não é tão fácil mudar. Vou ter que tentar ainda mais da próxima vez.

O meu amigo...

Eu tenho um amigo, que, se eu contar, vai parecer que é um monte... Ele estava namorando até o início do ano. Mas as coisas não deram certo e ele preferiu romper com a namorada. Desde então, diz que está curtindo a vida, sem essa "pressão" por arrumar uma substituta. Acontece que a cada semana que passa, ele sai com uma menina diferente!
Eu já pude presenciar dois desses "encontros" e a história é sempre a mesma... Ele pede uma pizza só para ele, ou um lanche enorme só para ele, não pede a bebida para economizar (sempre rouba uns goles da bebida da menina), fala de futebol na mesa, pior, fica zuando a menina se ela for corintiana, não esconde suas manias irritantes e, ainda assim, beija a menina no fim da noite.
Quando eu saio em um encontro, sou adepto do cavalheirismo. Tenho o cuidado de deixar a menina sempre ir à frente, ou do lado de dentro da calçada (para o caso de algum carro passar numa poça d'água e espirrar, que espirre em mim), abro a porta do carro pra ela, peço o prato que ela estiver com vontade e faço questão de pagar a conta. Ainda evito falar de futebol. Apesar disso, talvez me falte o timing para chegar ao beijo, ou as mulheres não ligam mais para o cavalheirismo e sim para que o cara seja boa pinta... não que eu me ache totalmente feio, mas sei que esse meu amigo é mais bonito que eu...
O pior de tudo é que ele dá uns beijos e amassos e, depois do test drive, fala pra mim que ela é bonita, gente boa, mas que não quer nada com ela, caso eu queira chamá-la para sair... é mole?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Na capital

Falei há pouco com uma amiga de Minas. Somos amigas há muitos anos. Eu, ela e uma outra mineirinha já aprontamos demais. Ela reclama que não tem o que fazer, não tem com quem sair. Os amigos da cidade dela ou namoram ou estão casados. Assim fica difícil mesmo.

Nem sempre fui um monte. Namorei por oito anos. E, sim, pensei em me casar e ter filhos; mas queria estudar também; ser independente. Por isso, sai do interior. Minha amiga pensa que quem faz a opção carreira, negligencia, de certa forma, o lado amoroso. Até acha que quem está na cidade grande se preocupa mais com o financeiro do que com o amoroso.

Eu não penso assim, mas muitas vezes é assim que acontece. Se eu tivesse ficado por lá...nossa, nem consigo me imaginar com filhos e casada. Não era o que queria naquela época.

Terminei meu papo com minha amiga mineira dizendo pra ela que em São Paulo também não está fácil. Sair, conhecer caras legais, beijar está complicado como no interior.

Vou mandar um recado pra ela por aqui. Amiga, quando quiser venha passar uns dias em São Paulo. Por aqui, pelo menos, formamos um força-tarefa com os solteiros.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Se

Carência é um estado de espírito ingrato. Ele não aceita rodeios nem disfarces, não se contenta com pedaços de atenção nem com substitutos de afeto. Quando se está carente, aquela vontade de um abraço apertado, de encostar a cabeça no peito de um cara legal, coloca qualquer um em encrenca. Um cara que não te dá a menor bola, que não te liga, que vive te dando o cano e só te procura quando as outras opções se esgotaram passa a ser um cara legal. Um gesto, qualquer gesto, vira sinal de aproximação. E logo a gente já se vê envolvida em braços calorosos que depois vão sumir por uns dias, ou meses, ou sabe-se lá quanto tempo.
Eu odeio ficar carente.  E acho que estar solteira é até divertido. Sou independente, mas, como as melhores mulheres independentes estilo "Sex in The City", às vezes eu não me basto. E nessas horas eu quero gritar, ou chorar, ou encontrar qualquer cara que apareça na lista do MSN. Sabe aquela vontade de ficar com o primeiro que passar na frente? Ela vem com tudo.
Na maioria das vezes, eu simplesmente respiro fundo, finjo que não é comigo e espero pacientemente. Uma hora passa, e eu evito a confusão sentimental que vem depois. Mas e quando aquele paquera que você sabe que é uma furada resolve aparecer logo nessa hora? Aí não dá pra resistir.

Uma música anda me perseguindo nessa semana e acho que ela quer me dizer alguma coisa:

Djavan

Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber?
Quando é assim
Deixa vir do coração

Você sabe que eu só penso em você
Você diz que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...

Eu levo a sério, mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá que não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não

terça-feira, 16 de março de 2010

Emoção x Razão

Sou mais emoção do que razão, em muitos casos. E, em muitos casos, já quebrei a cara por isso... tenho problemas com ansiedade, fico planejando horas e horas o que falar ou fazer em determinados momentos e nunca sai como o planejado. Há pouco tempo, falei pra uma mocinha que eu estava gostando dela! Mas, aparentemente, tudo o que eu consegui foi assustá-la.
O problema é que, para mim, esse filme não é novo! Certa vez, fui a uma balada num lugar bacana... era aniversário de uma amiga de um amigo... E nós estávamos com a aniversariante no piso de cima da tal boate quando eu vi uma das morenas mais bonitas da minha vida! Não estou exagerando... eu perdi a concentração, fiquei bobo e não acreditei quando eu a vi cumprimentando meu amigo... Ela estava no aniversário também. Fiz que não te ligo e comecei a sorrir sem parar... dizem que ajuda quando você passa uma boa impressão, principalmente quando se está feliz.... conversamos bastante na pista de dança. E no piso de cima. Falamos sobre vários assuntos, incluindo o de homens e mulheres... ela estava gostando e falei que homens, como eu, têm dificuldades de conquistar as mulheres, como ela, só pela conversa de uma noite. Disse que era mais fácil para ela, já que se ela quisesse beijar alguém, daria um sinal e conseguiria! Nisso, ela me deu um sinal e eu pude beijá-la... guardo com carinho essa história porque foi uma das poucas vezes que consegui ter uma boa atuação numa balada. Por que eu não casei com ela, já que ela era tão maravilhosa? Porque eu sou um monte, oras... tenho problemas com ansiedade, desde sempre. Fico planejando horas e horas o que falar ou fazer em determinados momentos e nunca, mas nunca mesmo, sai como o planejado... Na semana seguinte, seria o aniversário dela... e eu resolvi presenteá-la com flores, afinal, que mulher não gosta de flores? Mas eu agi como psicopata... descobri o endereço da casa dela com o meu amigo e levei as flores pessoalmente, de surpresa! Para piorar, ainda disse que gostaria de levá-la ao meu baile de formatura, como a minha namorada... obviamente fui sozinho ao baile...
Eu sou mais emoção do que razão! Sempre fui... e acho que sempre vou ser! Mesmo quebrando a cara... É mais gostoso assim!

Boa de MSN

Falaram esses dias que eu sou boa de MSN. O que é isso? Eu também não tenho certeza, mas, aparentemente, eu sou rápida para responder, converso bem. Se isso servisse de alguma coisa no mundo real, eu estava feita. Mas serve de nada. Só mais um talento inútil que eu descubro.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite

Balada não é mesmo lugar de arrumar namorado, apesar de eu já ter ouvido histórias assim com final feliz. Balada é lugar de dançar, de dar risada, de esquecer os problemas e, às vezes, de matar a vontade de beijar na boca. O Adriano aí embaixo diz que quem sai para dançar vai à caça. Se fosse sempre assim não ia ter tanta mulher em festa gay só pra não ser azucrinada na pista de dança.
E eu acho legal sair pra beijar na boca, e só isso. Por que é que a gente tem sempre que querer achar o príncipe encantado em cada carinha que joga aquele olhar 43? É bom sim ter alguém pra dividir, mas a gente precisa procurar isso em todo beijo? E odeio ficar na expectativa, pensando se ele gosta de mim ou se vai deixar de gostar amanhã. Claro que sonho, mas separo meus devaneios do que eu acho que é racional (será que isso é saudável?) e tento não ficar esperando, só deixar acontecer.
Bom, tudo isso pra dizer que eu fui pra balada no sábado à noite. Como todo mundo, eu também espero alguma coisa de um sábado à noite. Mas eu fui e não gostei. Por isso é que dizem que a gente deve ser ater aos planos originais.
Meu plano era passar a noite no cinema. Ia pegar a sessão das 23h, comprar uma pipoca e morrer de susto vendo "Ilha do Medo". Depois, até podia encarar a balada para acabar com a tensão.
Mas então, à tarde, o MSN começou a piscar incansavelmente. Como é que eu ia preferir passar a noite no cinema em vez de sair pra dançar? Nas palavras da minha amiga, cinema no sábado à noite é coisa de casal, e eu não tenho namorado. Já a balada era a chance de mudar a situação. Sei...
Eu me mantive irredutível até as 21h, mas acabei mudando de ideia.
Saí então com a roupa que tinha passado toda a tarde no trabalho: um vestido que podia servir pra um churrasco na piscina ou pra uma festa de criança! Pra completar, uma rasteirinha e rabo de cavalo.
Completamente sem noção, mas pus na cabeça que o que valia era a confiança. Até que funcionou, eu nem me senti fora de contexto. A balada era boa e tinha gente bonita, mas já começou mal pela fila pra entrar. Nem me lembrava da última vez que tinha ficado em fila de boate. Depois, lá dentro, o lugar lotado, um calor dos infernos, um dos meninos passando mal. Ninguém merece.
Um outro dia, com outro ânimo, teria sido ótimo. Mas sábado, ali não era onde eu queria estar. Fui convencida pelo potencial, mas serviu pra aprender que fazer o que a gente tem vontade é o que realmente pode tornar a noite incrível.

domingo, 14 de março de 2010

Filas 2 (a minha versão)

Bom, a Ally foi mais rápida que eu, mas vou dar minha versão sobre as baladas, de um modo bem geral. Eu não gosto de baladas. Bom, eu até gosto, mas do meu jeito, quando vou com uma turma grande e o maior interesse é se divertir, dar risadas, gargalhadas, dançar, comer e beber sem qualquer preocupação.
Ontem não foi assim. Não é que a gente não quisesse que fosse assim. Havia um clima de que haveria azaração no ar. Para não ficar sozinho entre as meninas, chamei um amigo pra ir junto. E depois de uma hora na fila pra entrar, ele passou mal em cinco minutos. Muito calor.
Eis os motivos por que não gosto de baladas: você passa muito tempo na fila (pra entrar e para sair), se estiver chovendo, ou fazendo frio, ou muito calor, não interessa; dentro do local, geralmente vai estar abafado, ou não vai ter ninguém (estava todo mundo na fila); o bar fica cheio e você quase nunca é bem atendido; o som acaba ficando muito alto, logo, ninguém se entende (é impossível conversar em balada); mas o pior de todos os defeitos é que a balada é um ambiente de caça. Sim, balada = caça. Os homens caçam as mulheres e as mulheres caçam os homens. No pior sentido da coisa.
Sempre tem alguma menina que vai com a roupa mais justa da irmã menor dela, ou sempre aparece aquele cara bombadão a fim de conquistar as pessoas pelo seu bíceps. E o máximo de conversa que sai de um encontro desse tipo não é exatamente uma conversa que se preze.
Como é que alguém vai conhecer alguém em 5 minutos? Tá bom, 15 minutos pra uma pessoa mais persistente... “Eu faço academia todos os dias”... “Eu adoro dançar até o chão”... quantas pessoas vc conhece que namoram ou casam depois de se conhecerem em baladas? Eu não conheço... Conheço, sim, um monte de histórias de “peguei 3 na mesma noite”, ou “perderia uma meia hora com ela”... e pra vida inteira? Ninguém?
As pessoas, na balada, analisam, no máximo, se você é bonito ou bonita... ninguém quer saber se vc ganhou um prêmio humanitário por ajudar crianças albinas em Guaxupé... A menina decide se quer te beijar ou não quando você diz “oi” pra ela, ou às vezes antes disso.
Acho muito mais prático conhecer alguém no metrô, na aula de ginástica, ou entre as gôndolas do Sacolão! Você terá mais informações interessantes da pessoa do que na balada... pelo menos vai ver que a pessoa trabalha, não é sedentária e é saudável, já que come frutas e verduras... Eu prefiro continuar tentando no Sacolão.

Filas

Qual o melhor lugar pra se conhecer um cara legal? Já li esse tema à beça, mas ele sempre me intriga. A maioria dessas matérias diz que balada não é a melhor opção. Deve ser verdade mesmo. Há muito tempo que saio à noite e até hoje não conheci nenhum homem interessante nesses lugares.

Ontem, por exemplo, sai com os amigos pra uma baladinha. Há tempos queria ir nesse bar e finalmente rolou. Gosto de lugares com banda e a banda era bem legal. Baladas em que posso dançar são sempre mais interessantes pra mim. Me divirto de qualquer forma, quase sempre.

Como a maioria das mulheres, me arrumei toda pra sair. Apesar de um pouco de correria. Mônica e Adriano estavam esperando em casa e, como a maioria dos homens que conheço, Adriano já estava um tanto aflito. Enfim, tentei me aprontar da melhor maneira que pude. And Let's Dance!

Fila pra entrar na balada -isso me irrita bastante- mas estava de bom humor. Entramos no lugar. Primeira impressão: muitos homens bonitos. Ok e agora o que fazer? O que faz com que um cara se interesse por você numa balada? Mistério. Nunca saberei. Uma amiga disse, certa vez, que você tem que entrar no lugar, escolher o alvo, mirar e atacar. Parece muito frio pra mim, mas com ela dava sempre certo.

Pra resumir, dançamos um tanto e quando animamos mesmo a banda parou. Era o início do fim da noite. Desanimei. Um desânimo estranho que se abateu entre a gente. Pode ter sentido só em mim, não sei. Fila pra sair também. Uf!

Quando cheguei em casa, pensei que escreveria a esse respeito. Tentei analisar em alguns momentos da noite como os caras chegavam nas moças, suas reações, suas ações. Sabe? Minha mãe sempre fala uma coisa que eu espero que seja muito verdade. Ela diz: não adianta fazer muita coisa, quando rolar, rolou. Sigo nessa direção, mas sempre acho que deixei algo por fazer. Será?

Enfim, como as matérias dizem: baladas não são os melhores lugares. É. Preciso frequentar mais locadoras, academias e o trabalho. Hein? Esse, de acordo com as publicações é o melhor lugar pra se conhecer alguém, mas isso já é assunto pra outro post.

sábado, 13 de março de 2010

A sorte de Ally

Uma amiga me perguntou o porquê de assinar com o codinome Ally. Vou contar. Adoro seriados, assisto a vários e sempre me identifico com diversos deles. Tem um, em especial, que adoro chamado Ally McBeal. A protagonista que dá nome à série, a atriz Calista Flockhart, é uma advogada recém-formada que se muda pra Chicago e vai trabalhar na mesma firma de advocacia que o seu grande amor, Billy. Mas ele já é casado e está muito bem com sua mulher. Tendo isso em vista, Ally vai correr atrás de outros amores e começam as trapalhadas. É nesse ponto que me identifico com ela. Não que eu não me visualize na Carry, do Sex and the City, ou na Phobe, do Friends. Aliás, tenho ouvido muito falar que pareço com ela (Phoebe) ultimamente.

A decisão final pelo codinome Ally veio há poucos dias. Conheci um cara, conversamos e conversamos pelo msn, descobrimos coisas em comum, rimos juntos. Um papo gostoso que aparentava tender para um lance a mais que amizade. My mistake!

Estava bem ansiosa com a situação já, e num dia de semana qualquer, enfim, saímos. Uma saída despretenciosa, mas pra mim, ali eu teria a prova de "namoro ou amizade". Tudo correu muito bem no encontro; conversas agradáveis, doses generosas de carboidratos e pensava que o beijo viria no final. Não veio! E agora? O que fiz de errado? Meu cabelo estava estranho, minha roupa não era de acordo? Eu sai sem salto. Sabia. Não se deve ir a um encontro sem salto. Balela! Simplesmente não rolou! O que poderia ter feito? Me atirado no pescoço do cara? Forçá-lo. Não, não dá.

No outro dia, tive a prova de 'amizade', acredito eu. No meio de uma conversa qualquer ele disse: ...vc já faz parte do meu grupo de amigos. Hum! Na série, todas as vezes que Ally tem um encontro fracassado ou alguma decepção ela enxerga umas coisas estranhas acontecendo e foi assim que eu me vi. Parecia que eu estava levando umas pequenas flechinhas no coração.

Por outro lado, Ally tem uma vida amorosa bastante intensa. Que eu tenha a sorte de Ally!

Em tempo: Calista Flockhart é casada com Harrison Ford e, segundo a revista Forbes, eles formam o segundo casal mais rico do showbiz, só perdendo para Beyoncé e Jay-Z, e acima de Angelina e Brad. Que eu tenha a sorte de Calista também!

sexta-feira, 12 de março de 2010

"Seo" Arnaldo

Li por aí e acho que tem tudo a ver...

"Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem amenor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa". (Arnaldo Jabor)

Onde mora o Sim?

Uma coisa me intriga. Se eu saio com um cara, já não quer dizer que eu tô a fim, que vou ficar com ele? Não tô falando de sair com um amigo ou alguém com quem a gente convive, que faz parte já da vida. Se eu saio com um carinha que não é meu amigo, é só um daqueles conhecidos, que eu bato um papo de vez em quando. Ele me chama pra sair. Tipo um encontro. Se eu digo sim, já não tô dizendo que eu topo beijar na boca?
Tava pensando nisso porque recentemente ouvi algumas histórias de encontros desse tipo que acabaram no vácuo. E uma amiga minha, que aliás está feliz da vida de namorado novo, disse que não, que não tem nada a ver. A gente pode sair só pra conversar num barzinho, sem segundas nem quintas intenções.
Então fiquei a pensar que esse tempo todo na minha vida eu fui mais que um monte. Fui um monte idiota. Porque nessa coisa de não fico com qualquer um deixei de sair com vários caras mais que legais só porque não queria ter a "obrigação" de ficar com eles. Se eu fosse e depois visse que não tava assim a fim, eu não ia ter coragem de falar não, afinal, se já tava ali, eu já tinha dito sim, não tinha? Não queria ser mais uma mulherzinha que fica fazendo doce. E me tornei um monte.
Agora, já que é assim, eu resolvi só dizer sim (tudo bem, com algumas exceções). Tipo o filme do Jim Carrey, "Sim Senhor". O pior que pode acontecer é ter um encontro ruim... E melhor um encontro ruim do que no date at all, certo?

O abominável Monte

Que caminho seguir quando as coisas não estão correndo mais tão bem na sua vida amorosa? Quando se está na casa dos trinta e não há ninguém em sua casa? Perdão pelo trocadilho sem-vergonha! Eu farei muito isso por aqui. Faço isso porque me alegro e, penso, alegro amigos também. Pelo menos eles dão risadas!

Nunca achei que esse lance de idade um dia me causaria algum desconforto, mas 30 não é qualquer idade. Dizem que há um ciclo que termina e que agora começa um novo período até os 60. Quero mudar muitas coisas nessa nova etapa.

Conversando com a "Mônica", minha amiga e colega de blog, disse que quando era jovem os meninos faziam fila. Eles brigavam para que eu fizesse par com eles na quadrilha ou nas danças da escola. Será que era só porque eu dançava bem? Não, acho que não era; mas até que eu dançava bem, sim. Na adolescência, também tive vários namoradinhos e a visão que isso me dava do futuro era de que tudo seria muito sensacional; logo encontraria meu príncipe e bla bla bla bla bla bla...vcs sabem o resto de cor.

Em que ponto desse buraco negro ficou a minha noção de paquera? Que mutação maluca me fez tranformar num abominável MONTE dos quase-relacionamentos? Um parênteses: pra quem não sabe, monte, é uma expressão muito mineira que ensinei aos meus amigos da 'capitar' que significa na maioria da vezes, pessoas muito montes. Isso mesmo! Não entendeu? Junte-se ao clube!

Continuando....ah, cansei! Continuo amanhã! Devo dizer que sou a mais preguiçosa da turma e isso significa que algum post pode ficar pela metade! Brincadeira, não vou fazer isso. Mas quero encerrar dizendo que eu quero mais....por isso eu sou Net. Não. Eu quero mais é beijar na boca! Isso. Quero muito!

quinta-feira, 11 de março de 2010

O show

Eu também sou um monte. É ruim de admitir, mas é a pura verdade. E para mim é pior, já que sou homem. Mulheres sempre podem dar aqueles sinais do tipo: “ei, estou aqui, você não vem falar comigo?”... Mas eu sou tão monte que não consigo decifrar esse código.
Eu enxergo sim onde só existe não. E o pior, fico insistindo no erro.
Não é que eu seja péssimo. Eu já tive boas histórias, das quais posso me orgulhar de contar para meus netos, com direito a beijo na chuva, pegação na balada para deixar os amigos na saudade e me rotulando de herói e ainda aquele beijo roubado no carro, típico de cenas de cinema... quem sabe um dia para vocês de forma mais detalhada. Mas às vezes paro para pensar se não foram apenas felizes coincidências, se naqueles dias a Afrodite estava olhando para mim e resolveu dar aquele empurrãozinho do tipo: "vai, meu filho!"
Há pouco tempo conheci uma garota ótima. Bonita, boa de papo, inteligente, divertida... Conversar com ela era uma moleza. Ela até tinha terminado com o namorado recentemente e parecia enviar aqueles sinais do início do texto para mim. Levei-a a um show da Maria Rita, até sambei pra conquistá-la e nos beijamos. Pensei: “vou deixar de ser monte!” Engano clássico. Mulheres são complicadas e é óbvio que no dia seguinte ela não quis saber de mim. Mesmo ela concordando que seríamos um par perfeito! Ela ainda não tinha superado o ex-namorado! Mulheres...

Primeiro encontro

Ontem eu comprei a revista Nova. Tá, eu sei que as matérias sobre como satisfazer seu homem na cama são sempre as mesmas e que na maioria das vezes as opiniões masculinas que estão ali não tem nada a ver com o que os homens pensam de verdade. Todo mundo mente pra parecer legal para os outros. Além disso, as dicas de moda e beleza ou não tem nada a ver comigo ou não são acessíveis ao meu bolso. Mas a capa anunciava: "Teste: Você domina a arte do primeiro encontro?". De repente ali estavam as respostas que eu tanto tenho procurado.
Bobinha, bobinha bobinha. Um teste com meia dúzia de perguntas era o que ia me dizer como arrasar, impressinar e fazer o cara querer repetir a dose? Então tá, vou fingir que acredito.
Mas, estando com a revista, fiz então o teste. O resultado: eu sou incrível, na medida. Sexy, mas sem exageros. Divertida. Intrigante. Faço tudo certo.
Então tá. Eu sou ótima de primeiro encontro. Mas me perco pra marcar o evento e depois fico insegura. E cadê o segundo e o terceiro?
Hoje mesmo devia encontrar um cara superfofo que conheço há um bom tempo e que vira e mexe vem com um papinho de vamos sair pra cima de mim. Combinamos na semana passada e não deu certo por culpa minha. Adiamos para hoje. E cadê ele agora? Pelo jeito nem antes do primeiro encontro eu acerto, quem dirá quando eu já estou dentro dele. A Nova que me desculpe, mas de dicas furadas eu já estou farta.

terça-feira, 9 de março de 2010

Por que eu sou um monte

Para começar, melhor explicar por que estou aqui. Bom, por um bom tempo achei que isso só acontecia comigo, que eu era a única com QI emocional -50, a única a não conseguir levar um relacionamento, a agir totalmente errado num encontro. Quando sua mãe, sua tia ou seu cachorro tem mais relacionamentos do que você, então você é um monte.

Mas então eu descobri que tem muita gente como eu. Entre sessões de terapia coletiva, tentando entender por que todo mundo tem encontros incríveis menos a gente, veio a ideia de dividir as frustrações, ou melhor, de pôr pra fora e ver se assim a gente se livra do encosto.

Assim, estamos aqui.

O meu problema? Tudo bem, lá vai. Eu sou um monte. É isso. Eu não olho pros lados. Sabe a música do Jota Quest, aquela que diz "o teu amor pode estar do seu lado"? Então. Ela não serve pra mim.

Eu nunca olho para os lados. Eu nunca acho que um cara está olhando para mim. Eu nunca percebo segundas, terceiras e quartas intenções. Eu não sei paquerar. Eu não olho nos olhos. Eu cruzo os braços. Eu me afasto. Eu fico nervosa e só falo bobagem (bobagem sobre mim, que me fazem parecer uma idiota), ou, pior, não falo nada. Não consigo pensar em nada, as palavras desaparecem. Terrível.

Esse é o primeiro passo para mudar. Como no AA, nós assumimos o problema. Agora é com a força de vontade, certo? Um dia de cada vez? E vamos pra vida!
 
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